As infecções no sítio cirúrgico acometem cerca de 11% dos pacientes, em países de baixa e média renda, que passam por cirurgias. Em países desenvolvidos, como os Estados Unidos, as infecções são responsáveis pelo aumento em até 400 mil dias do tempo de hospitalização de pacientes que foram submetidos a algum procedimento cirúrgico, resultando em um gasto adicional de US$ 900 milhões a cada ano.
Por essa razão, a Organização Mundial da Saúde (OMS) acaba de disponibilizar novas orientações para a realização de cirurgias. O objetivo das recomendações é aumentar a segurança e a sobrevida dos pacientes, além de reduzir gastos, prevenindo a ocorrência de infecções cirúrgicas e a propagação de microrganismos multirresistentes.
O documento “Global Guidelines for the Prevention of Surgical Site Infection”, disponível apenas em inglês, contém 29 estratégias objetivas para a prevenção de infecções cirúrgicas e foi elaborado com base nas evidências mais recentes disponíveis sobre o tema.
As diretrizes foram organizadas em 13 recomendações para o período pré-cirúrgico e 16 recomendações para o período durante e após o procedimento. Além disso, o uso de antimicrobianos passa a ser recomendado apenas antes e durante a cirurgia, sendo essa medida fundamental para interromper o aumento da resistência a esses medicamentos.
O documento pode ser acessado aqui e deve ser implementado de maneira complementar a Lista de Verificação de Segurança Cirúrgica da OMS.
por Raissa Carolina Fonseca Cândido