Autores: Adriana Inocenti Miasso, Regina Célia de Oliveira, Ana Elisa Bauer de Camargo Silva, Divaldo Pereira de Lyra Junior, Fernanda Raphael Escobar Gimenes, Flávio Trevisan Fakih, Sílvia Helena De Bortoli Cassiani
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No Brasil, milhões de prescrições não apresentam os requisitos legais necessários para garantir a correta dispensação e administração dos medicamentos. Este estudo multicêntrico exploratório objetivou analisar a adequação das prescrições em quatro hospitais brasileiros e identificar eventuais erros causados pelas inadequações. A amostra consistiu de 864 prescrições obtidas nas clínicas médicas dos hospitais em janeiro de 2003. Os dados foram coletados por três enfermeiras durante uma semana através de instrumento estruturado com variáveis sobre: tipo de prescrição; legibilidade; completude; presença de abreviações, alterações e rasuras. Houve diferenças estatisticamente significativas entre prescrição eletrônica no hospital A e manuscritas nos C (?2 = 12,703 e p < 0,001) e D (?2 = 14,074 e p < 0,001). Abreviações foram usadas em mais de 80% das receitas nos hospitais B, C e D. Alterações foram encontradas em prescrições de todos os hospitais, com níveis mais elevados no B (35,2%) e A (25,3%). Este estudo identificou uma série de pontos vulneráveis na fase prescrição dos sistemas de medicação dos hospitais. Portanto, médicos, farmacêuticos e enfermeiros deverão juntos propor estratégias para evitar erros de prescrição.