Os erros de medicação são um problema de saúde pública em todos os países do mundo. Empenhados em evitar estes erros e contribuir para o cuidado mais seguro, representantes de 12 países comprometem-se a trabalhar juntos e fundaram uma Rede Internacional – The International Medication Safety Network (IMSN). A primeira reunião desta rede foi realizada em Salamanca, Espanha, no período de 17 a 19 de novembro de 2006.

A rede foi constituída a partir da Declaração de Salamanca, assinada por especialistas dos seguintes países: Austrália, Brasil, Canadá, Dinamarca, Estados Unidos, Espanha, França, Hong Kong, Irlanda, Israel, Suécia e Reino Unido. Os principais objetivos da rede são incentivar e promover o desenvolvimento de centros nacionais para a promoção do uso seguro dos medicamentos, em todos os países, e facilitar a cooperação entre eles. A colaboração deve ocorrer não só entre os países, mas em todos os níveis do sistema de saúde, possibilitando que as informações sejam disseminadas nos níveis local, nacional e internacional.

Dentre as estratégias propostas pela rede destacam-se:

• Promover a capacitação dos pacientes, por meio de educação e orientação independente e imparcial, para que eles sejam protagonistas do seu próprio cuidado;
• Atualizar normas de fabricação, para assegurar que os testes de segurança pré-comercialização de medicamentos e demais tecnologias em saúde sejam obrigatórios, incluindo a submissão dos produtos para avaliação de segurança completa da embalagem, rotulagem e nomenclatura, antes da aprovação do produto;
• Garantir que, quando os erros de medicação são relatados para os fabricantes e as autoridades regulatórias, haja análise para identificar causas e fatores associados, favorecendo um plano de ação para evitar sua recorrência;
• Apoiar a divulgação e implementação de atividades que assegurem a segurança do uso de medicamentos em pacientes, especialmente as estratégias desenvolvidos pela Aliança Mundial para a Segurança do Paciente da OMS;
• Estabelecer sistemas de notificação de erros de medicação para comunicar problemas sobre a segurança dos produtos aos profissionais de saúde e pacientes, e para estimular a implantação de práticas seguras em todos os níveis do sistema de saúde;
• Promover a incorporação do tema de segurança do paciente em programas de educação continuada, bem como na formação de graduação e pós-graduação para profissionais de saúde.